O crescimento desordenado e a falta de fiscalização do poder público quase provocaram uma tragédia sem precedentes nesta segunda-feira, 26/04, no centro do Rio. O camelódromo da Central ficou bastante destruído por causa de um incêndio que teria sido provocado por uma explosão em uma padaria.
Cerca de 400 lojas foram destruídas. O prejuízo pode chegar a R$ 10 milhões. Enquanto isso, o que os vendedores e trabalhadores farão para manter o seu sustento? Mais uma vez, podemos ter pecado pela falta de controle urbano, que deixa à deriva o crescimento avulso destes locais, que possuem uma alta frequencia de pessoas.
O fogo, que começou por volta das três da tarde, se alastrou rapidamente. Felizmente, não tivemos notícias de pessoas feridas. Que bom. Senão poderia ter sido mais uma tragédia em nossa cidade, que volta e meia nos faz pensar na falta de compromisso com a população, de um forma geral, do poder público.
Sabemos que esses camelódromos crescem de forma assustadora, principalmente com a invasão dos produtos chineses no Brasil. A globalização e também o tráfico comercial, possibilitam que esses produtos cheguem até os consumidores a preços mais acessíveis. Mas, o que então os governos municipal e estadual podem fazer para coibir este crescimento que impossibilita a manutenção de um mínimo de segurança para os frequentadores e ambulantes?
Em outras cidades do país já tivemos resultados significativos com as construções do grandes shoppings populares, onde se reúnem os ambulantes, permitindo também e regularização do trabalho na cidade, ou seja, permitindo ao poder público que organize toda a demanda dos vendedores e fiscalizem o local, dando mais segurança e comodidade para a população consumidora.
Fica a dica para as autoridades pensarem nestes modelos para a construção de shoppings populares como já foi feito na cidade de Belo Horizonte. Acredito que esta seria uma solução paliativa e que resolveria muitos dos nossos infinitos problemas aos quais enfrentamos na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.
P.S. De acordo com comerciantes e transeuntes que passavam pelo local, o Corpo de Bombeiros, ao qual eu admiro e considero como uma das melhores instituições de nosso Estado, demorou a chegar ao local e com alguns carros sem água. Isso não pode acontecer.
Professor Fraga
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