O Ministério Público estadual encontrou indícios  de formação de cartel (conluio entre as empresas concorrentes) numa  licitação feita pela Secretaria estadual de Saúde em 2009. O contrato de  um ano, cujo objeto era a manutenção de carros usados no combate à  dengue, foi vencido pela empresa Toesa Service, que receberia R$ 4,98  milhões. A suspeita de superfaturamento pelo serviço já tinha causado a  exoneração, na última sexta-feira, do subsecretário-executivo da  secretaria, Cesar Romero Viana Júnior, conforme informou a jornalista  Berenice Seara, no blog da coluna no Extra Online.
— Hoje  (ontem), foram abertos dois procedimentos investigatórios: um de  improbidade (recebimento de vantagem que lesa os cofres públicos), que  vai correr na Promotoria de Saúde da Capital; e outro criminal, na  Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do MP — disse o promotor  Leandro Navega.
A escolha da empresa vencedora se deu por pregão  eletrônico. Cinco grupos participaram. Só quatro se antiveram na  disputa. Duas delas — a Scar Rio Peças e Serviços Ltda e a Multi Service  de Duque de Caxias — apresentaram valores iguais de propostas: R$  1.118.880,00.
Uma das coisas que chamou a atenção do MP foi o  fato de as outras duas empresas concorrentes — a Toesa Service e a  Troiakar Danaren Oficina Multimarcas — terem proposto valores bem mais  altos: R$ 5.220.000,00 e R$ 5.172.000,00, respectivamente.
Embora  tenham apresentado propostas mais vantajosas, a Multi Service e a Scar  Rio não entregaram os documentos, após a licitação, e foram  desclassificadas. A Toesa apresentou um novo lance reduzindo sua  proposta para R$ 4.980.000,00 — menos do que a Troiakar e foi a  vencedora.
Uso indevido
Na empresa Scar Rio, surpresa maior. Ontem, o RJTV (2 edição) entrevistou o administrador da empresa, Orlando Galvão, que negou ter participado do pregão. A companhia vende peças só para máquinas agrícolas. Orlando alegou que o nome da empresa foi usado indevidamente.
Enviado por Antero Gomes 
Opinião
Parece que o cerco realmente vem fechando para o governo Cabral. Agora a manutenção dos carros utilizados no combate a dengue são mais caros que renovar a frota. Vamos esperar e ver até onde o Ministério Público leverá as investigações e, é claro, que a Justiça puna os envolvidos. Seria bom que se abrisse inquéritos para apurar irregularidades em outros setores.
Clique aqui e assista ao vídeo do RJTV.


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