Ao todo, 43 deputados do PMDB, do PP, do PR e do  PTB votaram a favor de mudanças que inviabilizariam projeto
Parlamentares de quatro partidos tentaram desfigurar  o projeto ficha limpa na votação dos destaques da proposta, que proíbe a  candidatura de políticos com condenação na Justiça: PMDB, PP, PR e PTB.  São dessas quatro legendas os 43 deputados que votaram favoravelmente a  duas alterações que praticamente inviabilizavam o ficha limpa.
A  lista (veja abaixo) é encabeçada pelo PMDB, com 18 deputados, e pelo  PP, com 16. Em seguida, vêm o PR, com seis nomes, e o PTB, com três.
Dos  12 destaques, nove ficaram para ser analisados na próxima terça-feira  (11). Dois dos três derrubados ontem afetavam profundamente a aplicação do projeto, cujo texto-base foi aprovado na terça-feira (4).
Primeiro, os deputados  derrubaram (362 votos a 41) a possibilidade de retirar o período em que  um político se tornaria inelegível por compra de votos ou abuso de poder  econômico. A retirada do texto o tornaria inconstitucional e, na  prática, acabaria com as punições para esses crimes. Essa alteração foi  proposta pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Depois, os  parlamentares rejeitaram (377 votos a favor, dois contra e duas  abstenções) a retirada da principal característica do projeto: tornar  inelegível o candidato condenado por órgão colegiado judicial (tribunal  de justiça estadual ou federal). Atualmente, o político só fica impedido  de se candidatar quando é condenado em última instância na Justiça, ou  seja, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A corte constitucional jamais  condenou um político. Esse destaque foi proposto pelo líder do PTB,  Jovair Arantes (GO), que não participou da votação.
Se passasse a  proposta do petebista, pessoas condenadas por lavagem de dinheiro,  tráfico de entorpecentes, contra o patrimônio público, privado, ou os  eleitorais que sejam puníveis com pena privativa de liberdade, poderiam  concorrer livremente.
Para derrubar os  destaques de Eduardo Cunha e Jovair Arantes era necessário obter 257  votos em plenário. Qualquer resultado inferior mudaria o texto.
Veja  a relação dos deputados que tentaram inviabilizar a proposta:
Tentaram  retirar o período pelo qual um político se tornaria inelegível por  compra de votos ou abuso de poder econômico:
Alagoas  
Joaquim Beltrão  (PMDB)
  
Bahia
José Rocha (PR)     
Marcelo Guimarães Filho (PMDB)    
Maurício  Trindade (PR)     
Veloso  (PMDB)      
Ceará
Aníbal Gomes (PMDB)    
Arnon  Bezerra (PTB)     
Zé Gerardo (PMDB)
  
Espírito  Santo
Camilo Cola  (PMDB)
 
Maranhão
Davi Alves Silva Júnior (PR)     
Waldir Maranhão  (PP)
     
Minas Gerais
João Magalhães  (PMDB)    
Marcos  Lima  (PMDB)
 
Mato Grosso
Eliene Lima  (PP)
   
Mato Grosso do Sul
Antonio  Cruz  (PP)     
Paraná (PR)
Chico da Princesa (PR)     
Dilceu  Sperafico  (PP)     
Giacobo  (PR)     
Nelson Meurer   (PP)     
Odílio Balbinotti  (PMDB)    
Ricardo Barros  (PP)
    
Pará
Asdrubal Bentes  (PMDB)    
Gerson  Peres  (PP)     
Wladimir Costa  (PMDB)
  
Rio de  Janeiro 
Alexandre Santos (PMDB)      
Dr. Paulo César   (PR)       
Eduardo Cunha  (PMDB) – autor do destaque     
Leonardo  Picciani  (PMDB)      
Nelson Bornier  (PMDB)      
Solange  Almeida  (PMDB)
   
Rondônia
Marinha  Raupp (PMDB)
  
Roraima
Neudo Campos   (PP)
    
Rio Grande do Sul
Afonso Hamm   (PP)     
Paulo Roberto Pereira (PTB)     
Vilson Covatti   (PP)       
São Paulo 
Aline Corrêa  (PP)     
Beto  Mansur  (PP)     
Celso Russomanno  (PP)     
Paulo Maluf   (PP)     
Vadão Gomes  (PP)
   
Tocantins
Lázaro Botelho  (PP)      
Beto Mansur (PP-SP)
Edinho Bez (PMDB-SC)
Abstiveram-se:
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Leonardo Piccianni (PMDB-RJ)
Autor do destaque: Jovair Arantes (PTB-GO) – não votou
Reportagem do Portal Congresso em Foco
E para surpresa de todos, temos bastante deputados do Rio que são contra o projeto.


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