segunda-feira, 10 de maio de 2010

Professor Fraga participa de homenagem a ex-combatentes de guerra em Petrópolis

Em comemoração aos 65 anos do “Dia da Vitória”, festejado no dia 08 de maio, o Professor Fraga participou de solenidade organizada por ex-militares de Petrópolis no último sábado. A convite da AMIRP – Associação dos Militares da Reserva de Petrópolis Fraga teve a oportunidade de acompanhar um pouco de uma história que vem sendo esquecida pelos brasileiros. Participaram também da solenidade membros da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB) e o 32º Batalhão de Infantaria Motorizada Dom Pedro II.

A data comemorada em todo o mundo lembra a derrota da Alemanha Nazista em favor dos aliados na Segunda Guerra Mundial, ocorrida em oito de maio de 1945. Em Petrópolis, as homenagens aos ex-combatentes reuniu cinco veteranos de guerra. Dos 204 da cidade, apenas 14 estão vivos. Os militares homenageados que puderam comparecer foram: Pedro Zanata, José Rodrigues Pontes, o sargento Alcindo Resende Papoula, o cabo Cléber Buttotini e o segundo tenente Luiz Siqueira.


“Eu acredito que o país tem perdido belas páginas de sua história. Esses bravos homens lutaram para defender uma causa e nossa liberdade. Eles merecem todo o respeito de nós cidadãos. Nossas autoridades deveriam dedicar mais investimentos em nossos monumentos históricos e, principalmente, lembrar e tornar público o trabalho daquelas pessoas que foram essenciais para a história de nosso país. Nossas crianças devem conhecer esta parte de nosso passado. São lutas que marcaram toda uma geração mundial. O Brasil está esquecendo suas origens. Essa homenagem aqui em Petrópolis é uma das mais valiosas e importantes em que participei em toda minha vida. Aprendi muito aqui”, afirmou Professor Fraga.


A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi criada por ocasião da Segunda Guerra quando o Brasil, após um ataque das forças nazistas a vários navios mercantes brasileiros, declarou guerra aos governos fascinas e nazistas. Mais de 25 mil soldados de todo o território nacional foram combater na Itália. O ex-pracinha Alcindo Papoula fazia parte do serviço de abastecimento do exército, ele conta que as lembranças da guerra jamais serão esquecidas. “Foram tempos difíceis, não tem como esquecer tudo que vi e passei”. Para o ex-combatente o frio era o pior inimigo. Papoula contou que em Monte Castelo os termômetros registravam 24º negativos. “A neve ultrapassava um metro e meio de altura. Era terrível suportar”, lembrou. Diferente de Papoula, o segundo tenente Luiz Siqueira não gosta das lembranças. “Graças a Deus não me lembro de nada. Foi muito sofrimento e tristeza”, disse.


As operações de combate em solo italiano tiveram início em setembro de 1944 no setor do Rio Arno, ao norte da cidade de Pisa. Cinco militares petropolitanos morreram durante os combates, são eles: terceiro sargento Francisco Luiz Roberto Boening, sargento Fernando Fontes, cabo Justino José Ladeira, soldado Hyvio Domenico Naliato e João Maurício Campos de Medeiros. Ao todo mais de 400 integrantes da FEB foram mortos pelos inimigos. Em junho de 1945 os combates foram encerrados e entre os dias seis de julho e 19 de setembro os soldados regressaram ao Brasil em cinco Escalões de Embarque.

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